
⚜Dhyana⚜
Quando estamos com a mente agitada não podemos ver a realidade como ela é de fato, assim como um lago que tem as águas agitadas pela ventania, não pode revelar o seu fundo. Mas quando sentamos em meditação, buscando apaziguar o corpo e a mente, o conteúdo do nosso interior vai sendo revelado, pouco a pouco. No princípio, percebemos um fluxo de pensamentos e emoções emaranhados e acelerados, isto é natural da mente humana e não devemos criar aversões e julgamentos, pelo contrário, nós devemos relaxar e deixa-los acontecer. Com a prática, começamos a entender que os pensamentos e emoções que naturalmente surgem, irão também, naturalmente, se desfazer. Quando oferecemos ao “instante do presente” a nossa total atenção percebemos como os pensamentos, opiniões, conceitos e julgamentos do que é a realidade se dissolvem, e o que se mostra é o mais puro fio da vida, conduzindo prana e alinhavando a sua vida com o eixo infinito da vida do cosmos.
A palavra meditação vem do Latim, meditare, e significa ir para o centro, no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar à atenção para dentro de si. (DANUCALOV; SIMÕES, 2006).
Meditação em sânscrito é Dhyāna que significa “pensar ou refletir” é quando se mantém a consciência na atenção sem alterar ou oscilar a concentração. Ela também é entendida como estado de Samādhi que significa “êxtase”, promovendo uma dissolução da nossa identificação com o ego e total aprofundamento de nossos sentidos (DANUCALOV; SIMÕES, 2006).
Seu objetivo é compreender o que antes não compreendíamos, ver o que antes não víamos e estar onde nunca estivemos em relação a um objeto ou sujeito (MOHAN, 2003). Levando a pessoa a tornar-se atenta, experimentar o que a mente está fazendo enquanto ela o faz, estar junto com a própria mente e desenvolver o autoconhecimento e a consciência. Observa-se os pensamentos, para que seu fluxo seja progressivamente reduzido. O que parece simples é extremamente complexo para algumas pessoas, principalmente os ocidentais, tão ligados ao que pode acontecer e não ao que está acontecendo (DANUCALOV; SIMÕES, 2006).
Estágios da Meditação
1° Dharana: concentração. É a estabilização da mente em um determinado objeto, concreto ou abstrato. O fluxo contínuo dessa concentração nos levará ao próximo degrau, que é a meditação. 2º Dhyana: meditação. É quando o fluxo contínuo da mente se mantém em uma única direção. É simbolizado pelo fluxo contínuo de um fio de óleo sendo derramado de um recipiente para outro. Continuando neste fluxo contínuo atingiremos o próximo estágio que é o Samadhi. 3º Samadhi: não identificação. É o fruto que colhemos depois de percorrer, conscientemente, toda a trajetória yóguica. Neste estágio conseguimos a não-identificação com os conteúdos da mente. É conhecido como o êxtase espiritual. Estas três etapas do Yoga – Dharana – Dhyana – Samadhiconstituem Samyama, que são os diferentes graus da mesma experiência. “Pelo domínio de Samyama, surge à luz da consciência superior.” Yoga Sutra III.5 Divisões de Meditação Saguna: meditação concreta. Focar a atenção em um objeto em particular, tal qual uma imagem, uma frase, o próprio corpo (na respiração, na fixação do olhar e nas contrações musculares específicas) ou uma palavra (mantras, orações e preces). Nirguna: meditação abstrata. Requer um esforço para manter-se passivo de todo e qualquer pensamento que surja na sua mente. Esta forma requer que o praticante tente alcançar um estado consciêncial em que coexistam inúmeros vazios no espaço, no tempo e nos pensamentos. Estas duas formas de meditação podem se misturar já que saguna, geralmente, antecederá nirguna.
Dhyana é meditação, definido no Yoga Sutra III.2: " O fluxo ininterrupto da mente na direção do objeto escolhido para a meditação é contemplação." 🕉 O fluxo contínuo da mente em uma única direção, quando um único pensamento (objeto de meditação) ocupa a esfera da mente, sem que este fluxo seja interrompido por qualquer outro pensamento, então tem-se a meditação. 〰É simbolizado pelo fluxo contínuo de um fio de óleo sendo derramado de um recipiente a outro. Qualquer perturbação neste fluxo interrompe o foco da mente, ocorrendo assim a distração. Nesse estágio o foco não é mais o de conter os pensamentos, pois quando quando estes são contidos novos pensamentos surgem. Mas é o estágio de aumentar o espaço vazio entre um pensamento e outro. É dito que no nível da mente se encontra o ego, mas além da mente está o Ser. É pelo alargamento desse espaço vazio entre um pensamento e outro que se estará apto a transcender a mente e ter a experiência do Samadhi.
QUIETUDE DA MENTE
Dhyana é a experiência de observar o que repousa no ambiente da mente
Dirigir nossa mente para além das sensações dos sentidos
para que a mente possa se voltar para a fluência do nosso ser
A meditação é a alma do Yoga, pq é pela meditação que nós vamos aprofundando e sutilizando nossa consciência.
Aramiacas: sábios do período védico para se retiravam para a floresta para meditar.
A química do nosso corpo se altera muito com os estímulos externos, que são constantes na rotina diária que vivemos atualmente. Por isso o propósito meditativo é o de tirar a mente desse jogo de atração e repulsão.
Voltar para dentro para a raiz de todas as coisas. Por isso devemos recolher os entidos e nos sentar calmamente a observar esse processo acontecendo e se aprofudando um pouco mais a cada vez que vc se sentar para meditar.
Essa realidade de Samsara induz a mente a oscilar constantemente, asampragnatasamadhi surge como uma ferramenta para ir cada vez mais para dentro em busca de não deixar a velocidade da mente ofuscar o brilho da nossa alma.
Poderes da meditação no plano físico: a ciência tem conseguido fazer um papel importante revelando que a meditação é muito mais do que uma técnica de relaxamento. As pesquisas produz alteração nas estruturas neuronais do cérebro, incrementando as capacidades da mente.
A meditação é capaz de aumentar a massa cinzenta do cérebro e expandir e mudar os circuitos neronais, que acabam se enfraquecendo ao longo da vida se não saõ estimulados, cuidados.
As células neuronais não morrem, na realidade elas vão se estruturando, e a partir dos nossos hábitos podemos incentivar essa reestruturação, ou prejudicar. Com a meditação podemos manter a longuevidade do cérebro, "alongando" e "fortalecendo" os caminhos neuronais, claro que com exercícios regulares.
Além disso a metidação vai criando um campo de sutilização e percepçaõ da mente que consequentemente muda a qualidade das nossas escolhas.
Durante a meditação a uma maior estimulação do cortex pré frontal, o esquerdo governa emoções como compaixão e felicidade.
Se não meditarmos nosso cérebro acabará ficando entravado, rígido e isso impede a relação com a essencia mais sutíl da nossa alma, que vem de dentro.
Foi comprovado através de pesquisa científica que 20 minutos de meditação diária pode reduzir sensivelmente problemas neurais e psicológicos pelo aumento da produção de endorfina. Portanto é possível irmos produzindo mudanças no nosso cérebro com a prática recorrente desse exercício.
beta - acordado, alerta (quase não tem espaço de um pensamento e outro)
teta - estado de meditação
delta - estado de profundo relaxamento
Mudanças químicas do cérebro vão acontecendo e nos vamos percebendo uma cosciência mais plena que existe para além desse plano e corpos físicos. E nos vamos sentido a transformação paulatinamente acontecendo e nos tornando pessoas melhores a cada dia.
"Todo caminho de mil milhas começa com o primeiro passo"
Quando nossa coluna está ereta nos incentivamos a mente consciente e o cultivo da atenção. Todos os processos da mente estão aocntecendo nesse exato momento e o meditador precisa assitir sem apego ou aversão. O segredo da meditação é a constância e a resiliência, não desistir mesmo que a mente esteja irresoluta, aos poucos
Prática de meditação concentrada não tem mantra
Mantra é aquilo que conduz a mente, e se conduz a mente é um intrumento maravilhoso para nos ajudar a treinar a mente.
"Fluxo ininterrupto da atenção"
Dalai Lama e Dr Benson
Sidarta Gautama evocava a meditação
Na própria experiência da meditação vai ter a fusão do meditador com o objeto de atenção.....e quando essa fusão acontece verifica-se a experiência do samadhi - o fruto do yoga mas, antes do fruto vem a flor - que é dhyana.
A mente é desvelada, e quem está além da mente?
O próprio ser. Vendo-se. O olhar da plenitude.
E esse exercicío não é apenas para beneficiar a nós mesmos mas é para que nós, sendo melhores, possamos servir mais eficazmente a humanidade.
trazer calma, dominar aquilo que nos domina. Encontrar um ponto de quietude que está alicerçado numa paz que não tem limite, essa paz econtramos quando em união harmoniosa com a natureza.
Nos estamos aqui para diminuir o sofrimento no mundo, dentro e fora de nós.
Dhyana é a grande flor que irradia seu perfume por toda a árvore do yoga.
Que possamos nos deixar erradiar esse perfume através das nossas ações.
É AQUILO QUE DÁ PARA NOS O REAL SUSTENTO, A REAL NUTRIÇÃO.
Richard levison
Sara lasara
Efeitos:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MOHAN, A. G. Yoga Para o Corpo, a Respiração e a Mente: Um guia para a reintegração pessoal. 3. ed. São Paulo: Ed. Pensamento, 2003.
SATYANANDA, Paramhamsa. Yoga Nidra, Relaxamento Físico. Mental. Emocional. Mongrhyr, Bihar, Índia: Bihar school of yoga, 1976.
TULI, Uma Densmore.Auto Confiança, Yoga Biomedical Trust. 5. ed. São Paulo: Publifolha, 2002. Autor: Silvia Helena Fabbri Sabbag
Graduada em Naturologia pela Universidade Anhembi Morumbi, pós-graduanda em Yoga pela FMU
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